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Data e Local
Realiza-se no dia 1 de Novembro, dia de Todos os Santos, na Arrentela
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Duração
1 dia
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Homenagem/Culto
Culto Mariano
Nossa Senhora da Soledade
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Celebrações / Componentes da Festa
Procissão dia 1 de Novembro
Sermão
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Sobre a Festa
Realiza-se no dia 1 de Novembro, dia de todos os santos, na Arrentela. A festa em Honra a Nossa Senhora da Soledade na Arrentela teve origem no terramoto de 1755. Na Arrentela os habitantes com medo que as ondas do sismo destruíssem as suas casas, pediram à Virgem protecção, através de Nossa Senhora da Soledade, que segundo o que se conta, fez recuar as águas do rio. O facto de não terem havido mortes e apenas alguns feridos, também se atribuiu à Senhora da Soledade.
Este acontecimento foi relembrado através das Festas em Honra de Nossa Senhora da Soledade, invocando o milagre que a Virgem Maria, com o seu poder celestial, fez com que as águas do rio recuassem, salvando a população de Arrentela, sobretudo pescadores, sujeitos a perigos maiores. Desde 1755 que estas cerimónias se realizam, sendo as mais importantes para a população, que continua a manifestar a sua gratidão a Nossa Senhora da Soledade, pelo milagre sucedido.
A festa começa no dia 29 de Outubro com actos litúrgicos e com o peditório. O centro destas festividades é a igreja estando, por isso, iluminada. Os morteiros são lançados durante os dias de festa, chamando a atenção dos habitantes.
No dia 1 de Novembro realiza-se a procissão a Nossa Senhora da Soledade, percorrendo um percurso de aproximadamente um quilómetro, composta pelos devotos que participam no cortejo que percorre toda a povoação. A procissão sai do adro da Igreja, sendo o seu momento principal a bênção dos mares, ao som de foguetes, em memória do milagre ocorrido no dia 1 de Novembro de 1755. A procissão regressa pela marginal de Arrentela até ao adro da Igreja. É neste local que se assiste ao sermão por parte do pároco, a convite da Comissão de Festas, que marca o fim das celebrações litúrgicas.
Antigamente, a responsabilidade da organização das festas era da Confraria do Santíssimo Sacramento, que escolhia o mordomo da festa. Actualmente é organizada por uma comissão que é presidida por um juiz, um secretário e quatro ou cinco festeiros.