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Data e Local
Realiza-se em finais de Abril, no Domingo de Pascoela e na segunda-feira seguinte, em S. Luís da Serra, na Estrada das Necessidades
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Duração
2 dias
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Homenagem/Culto
Festas a Cristo
S. Luís da Serra - Padroeiro dos gados
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Celebrações / Componentes da Festa
Romaria a S. Luís da Serra
Missa
Bailaricos, cavalhadas, música, fogo-de-artifício, ao som da Filarmónica da Capricho Setubalense
Arraial, danças folclóricas, jogos tradicionais e quermesse
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Sobre a Festa
Em homenagem a S. Luís da Serra, padroeiro dos gados, a festa realiza-se em finais de Abril, no Domingo de Pascoela e na segunda-feira seguinte, em S. Luís da Serra, na Estrada das Necessidades, com a duração de dois dias.
O interior do maciço da Arrábida foi, durante séculos, um local inacessível ao homem. Devido aos solos férteis, estabeleceram-se várias comunidades agrícolas, nas orlas deste maciço montanhoso.
No interior da Arrábida foram-se estabelecendo religiosos eremitas que ali procuravam a solidão e uma aproximação a Deus, assim como pastores que na busca de pastos para os seus rebanhos percorriam todos os cantos da Arrábida. Conventos, ermidas, redis e pequenos plainos para os gados eram os únicos vestígios da presença humana na solidão daquelas serras.
Enquanto o Convento dos Franciscanos da Arrábida se tornara lugar de peregrinação dos homens do mar, significando o momento em que se pedia protecção à Senhora da Arrábida, a ermida que se situava no sopé da Serra de S. Luís, tornou-se o local de culto dos pastores. Foi no século XVII, que viveu nesta Ermida de S. Luís da Serra um religioso, que mais tarde foi aí sepultado. Situada no caminho entre Setúbal e Azeitão, era muito provável que os pastores lá parassem para pedirem protecção para os seus gados, e que não faltassem pastos, principalmente durante o Verão quente e seco.
Foi por esta razão que se deu início à romaria a S. Luís, aquando do ciclo do Verão. Na ermida juntavam-se pastores do vale do Sado, que pediam também a protecção dos seus rebanhos, tradição que ainda se mantém.
O programa da festa, no início dos anos vinte, incluía diversos divertimentos para os romeiros, como bailaricos, cavalhadas, música, fogo-de-artifício, acompanhados de pela Filarmónica da Capricho Setubalense. Actualmente, pela mesma altura, à volta da capelinha, as famílias repetem o ritual, numa festa que tem arraial, danças folclóricas, jogos tradicionais e quermesse.
São os foguetes que, pela manhã, anunciam o início da festa, que se desenvolve durante dois dias, em honra do Santo. Por ser uma festa religiosa, celebra-se uma missa, fazem-se orações, e colocam-se na pequena ermida, imagens de cera, resultantes de várias promessas. A ermida apresenta um aspecto particular importante para os pescadores, que é o facto da sua torre do sino ser visível do mar, levando os pescadores a pedirem também protecção a S. Luís.