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  • Data e Local

        Realiza-se no último fim-de-semana de Agosto, entre a última Sexta e a Segunda-feira seguinte, na Atalaia

  • Duração

        4 dias

  • Homenagem/Culto

        Culto Mariano

        Nossa Senhora da Atalaia

  • Descrição/Celebrações/Componentes da Festa

        “Festa Grande”

        Romaria à Atalaia

        Círios: o Círio da Carregueira, o Círio da Quinta do Anjo e o Círio dos Olhos de Água (todos de Palmela), o Círio Novo e o Círio    da Azóia (em Sesimbra)

        Arraial, bailaricos feira, divertimentos, venda de comida

        Deslocação à “Fonte Santa” para a “lavagem da cara”

        Romagem dos círios – Cerimónia do cortejo dos círios

        Foguetes, música

        Missas

        Procissão

        Arrematação de bandeiras

        Feira, diversões e barracas de petiscos

  • Sobre a Festa

        É no último fim-de-semana de Agosto, entre a última Sexta e a Segunda-feira seguinte, que se realiza durante quatro dias, a festa de culto mariano, na Atalaia. Em 1607 concorriam à Atalaia 23 círios. Em 1923 calculou-se que estivera uma multidão de oito mil pessoas na Festa da Atalaia. Por volta de 1950, a romaria à Atalaia, nos finais de Agosto, era considerada a maior da região ao sul do Tejo. É considerada a romaria mais antiga realizada no sul do país.

        Durante os dias da festa, são cinco os círios que se deslocam à Atalaia: o Círio da Carregueira, o Círio da Quinta do Anjo e o Círio dos Olhos de Água (todos de Palmela), o Círio Novo e o Círio da Azóia (de Sesimbra).

        A festa, também designada por “Festa Grande”, inicia-se na sexta-feira, com a abertura do arraial, espalhado por toda a região, a existência de uma feira, divertimentos, e venda de comida.

        Cada círio, tal como o círio dos Marítimos de Alcochete, possui na Atalaia a chamada “casa dos círios”, dispersas pela freguesia, para servir de alojamento aos peregrinos que ali descansam, também como espaço de bailaricos, que duram até de manhã. Nomeadamente de domingo para segunda-feira, era mesmo proibido dormir. A proibição ou a vigília, tinha como objectivo a deslocação, na manhã seguinte (segunda-feira), à “Fonte-Santa” para a habitual “lavagem da cara” na nascente da “água santa”, posteriormente transformada em fonte. O ritual mantém-se, embora a água se encontre poluída. A lenda conta, pela voz do povo, que a imagem da Senhora foi encontrada em tempos antigos, junto da nascente milagrosa.

        A romagem dos círios inicia-se no sábado, cada cortejo transporta um andor com a imagem da Senhora da Atalaia, o guião e as bandeiras, dirigindo-se até ao Cruzeiro-mor, onde são dadas três voltas rituais em seu redor, acompanhadas por três músicos: o gaita-de-foles, o bombo e o clarinete, outros acompanhados por uma fanfarra de bombeiros ou por uma banda filarmónica. Cada círio regressa ao adro da igreja. No decorrer dos cortejos, ouvem-se foguetes e morteiros no ar, a anunciar a cerimónia.

        No domingo, os cinco círios reúnem-se num cortejo único para seguirem novamente até ao Cruzeiro, voltando a repetir as três voltas rituais, acompanhados de morteiros foguetes e música. Entretanto, pela manhã são realizadas duas missas na capela, uma às dez horas, pelo Círio da Quinta do Anjo e outra às onze horas, pelo Círio da Azóia. Na segunda-feira celebra-se uma nova missa, pelos restantes círios. Nas duas missas os círios são representados apenas por um elemento que transporta o guião.

        É no domingo que se realiza a procissão, às dezassete horas, com a imagem de Nossa Senhora da Atalaia, presente na capela, seguem-se os elementos dos círios, a banda filarmónica e muito povo, que percorre as ruas da localidade. As bandeiras e o guião com a imagem da Senhora da Atalaia, ofertas provenientes de promessas, são leiloados nas respectivas “casas dos círios”, cabendo a quem as arremata, levá-las para casa até às festas do ano que se segue. Os andores permanecem guardados na sua “casa”, sendo que alguns já possuem um oratório.

        A imagem de Nossa Senhora da Atalaia, segundo a lenda e na voz do povo, foi encontrada junto da nascente milagrosa onde ocorre o ritual da “lavagem da cara”, a Fonte-Santa, que é hoje uma freguesia.

        Desde a sua aparição que aumentou a afluência de devotos a visitar esse sítio pitoresco. Todos os círios que todos os anos frequentam a Atalaia, nunca esquecem este lugar abençoado pela Virgem. “É um espectáculo imponente ver pela madrugada de domingo a extraordinária concorrência do povo a circundar esta fonte santa”. Nesta altura o arraial do sítio da Atalaia quase se despovoa, os romeiros vão até à fonte, uns pela devoção de beberem a água de Nossa Senhora, outros para procederem à lavagem, previamente abastecidos de bacias e toalhas.

        Os cinco círios que fazem parte da romaria de Nossa Senhora da Atalaia, desde os tempos antigos continuam a efectuar um peditório, pelas localidades mais próximas, a fim de angariar donativos para a deslocação à Atalaia. Os festeiros vão acompanhados de músicos pelas ruas, ao som de instrumentos como a gaita-de-foles, o clarinete e o bombo. A festa dos círios inicia-se na sexta-feira, com a abertura de arraial, que decorre por toda a região, composto por uma feira, diversões, e barracas de petiscos.

Festa de Nossa Senhora da Atalaia

Montijo

© 2017, por Ana Carolina Macedo

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